Leis antitruste: as tentativas globais de limitar o poder e a influência da Big Tech

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Leis antitruste: as tentativas globais de limitar o poder e a influência da Big Tech

Leis antitruste: as tentativas globais de limitar o poder e a influência da Big Tech

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Órgãos reguladores monitoram de perto como as grandes empresas de tecnologia consolidam o poder, matando a concorrência potencial.
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      Previsão Quantumrun
    • 6 de janeiro de 2023

    Por muito tempo, políticos e autoridades federais expressaram preocupações antitruste sobre o crescente domínio da Big Tech, incluindo a capacidade das empresas de influenciar os dados. Essas entidades também podem impor condições aos concorrentes e têm dupla condição de participantes e proprietários da plataforma. O escrutínio global está prestes a se intensificar à medida que a Big Tech continua a acumular influência incomparável.

    Contexto antitruste

    Desde os anos 2000, o setor de tecnologia em todos os mercados regionais e domésticos tornou-se cada vez mais dominado por um punhado de empresas muito grandes. Conseqüentemente, suas práticas de negócios começaram a afetar a sociedade, não apenas em termos de hábitos de compra, mas no tipo de visão de mundo transmitida online e nas mídias sociais. Antes considerados novidades que melhoravam a qualidade de vida, alguns agora veem os produtos e serviços da Big Tech como males necessários com poucos concorrentes. Por exemplo, a Apple atingiu um valor de US$ 3 trilhões em janeiro de 2022, tornando-se a primeira empresa a fazê-lo. Juntamente com Microsoft, Google, Amazon e Meta, as cinco maiores empresas de tecnologia dos EUA valem agora um total combinado de US$ 10 trilhões. 

    No entanto, embora Amazon, Apple, Meta e Google pareçam ter o monopólio da vida cotidiana das pessoas, eles enfrentam processos judiciais crescentes, legislação federal/estadual, ação internacional e desconfiança do público com o objetivo de restringir seu poder. Por exemplo, o governo Biden de 2022 planeja investigar futuras fusões e aquisições no espaço, à medida que o valor de mercado das grandes tecnologias continua aumentando. Tem havido um crescente movimento bipartidário para desafiar esses titãs por meio de testes e reforço das leis antitruste. Os legisladores produziram várias legislações bipartidárias na Câmara e no Senado. Procuradores-gerais republicanos e democratas entraram com ações judiciais contra essas empresas, alegando comportamento anticompetitivo e exigindo melhorias financeiras e estruturais. Enquanto isso, a Federal Trade Commission e o Departamento de Justiça estão preparados para implementar leis antitruste mais rígidas.

    Impacto disruptivo

    As grandes empresas de tecnologia estão cientes do crescente número de oponentes que querem quebrá-los e estão preparadas para usar todo o arsenal de seus recursos infinitos para contra-atacar. Por exemplo, Apple, Google e outros gastaram US$ 95 milhões para tentar impedir um projeto de lei que os impediria de favorecer seus próprios serviços. Desde 2021, as grandes empresas de tecnologia têm feito lobby contra o American Choice and Innovation Act. 

    Em 2022, a União Europeia (UE) adotou a Lei dos Serviços Digitais e a Lei dos Mercados Digitais. Essas duas leis colocariam regulamentos rígidos sobre os gigantes da tecnologia, que seriam obrigados a impedir que os consumidores acessassem produtos ilegais e falsificados. Além disso, multas de até 10% da receita anual podem ser emitidas se as plataformas forem consideradas culpadas de favorecer algoritmicamente seus próprios produtos.

    Enquanto isso, a China não teve problemas em reprimir seu setor de tecnologia entre 2020-22, com gigantes como Ali Baba e Tencent sentindo toda a força das leis antitruste de Pequim. As repressões levaram os investidores internacionais a vender ações de tecnologia chinesas em massa. No entanto, alguns analistas veem essas repressões regulatórias como positivas para a competitividade de longo prazo do setor de tecnologia da China. 

    Implicações da legislação antitruste

    Implicações mais amplas da legislação antitruste podem incluir: 

    • Os formuladores de políticas dos EUA enfrentam desafios para desmembrar a Big Tech, uma vez que não há leis suficientes para impedir a concorrência indireta.
    • A UE e a Europa lideram a luta contra os gigantes globais da tecnologia, desenvolvendo e implementando mais leis antitruste e aumentando a proteção do consumidor. Essas leis afetarão indiretamente as operações de empresas multinacionais com sede nos EUA.
    • A China está diminuindo sua repressão tecnológica, mas sua indústria de tecnologia pode nunca mais ser a mesma, inclusive alcançando o mesmo valor de mercado que já teve.
    • A Big Tech continua investindo agressivamente em lobistas que defendem projetos de lei que restringiriam suas estratégias econômicas, levando a mais consolidação.
    • Startups mais promissoras sendo adquiridas por grandes empresas para incorporar suas inovações nos ecossistemas existentes da Big Tech. Essa norma contínua dependerá do sucesso da legislação antitruste doméstica e da governança em cada mercado internacional.

    Perguntas para comentar

    • Como os grandes serviços e produtos de tecnologia dominaram sua vida diária?
    • O que mais os governos podem fazer para garantir que a grande tecnologia não esteja abusando de seus poderes?

    Referências de insights

    Os seguintes links populares e institucionais foram referenciados para esta percepção: