Enzimas que comem plástico para quebrar o plástico para reciclagem

CRÉDITO DE IMAGEM:
Crédito da imagem
iStock

Enzimas que comem plástico para quebrar o plástico para reciclagem

Enzimas que comem plástico para quebrar o plástico para reciclagem

Texto do subtítulo
Os cientistas descobriram uma superenzima que pode degradar o plástico seis vezes mais rápido do que as enzimas anteriores.
    • Autor:
    • Nome do autor
      Previsão Quantumrun
    • 19 de fevereiro de 2022

    De acordo com a Universidade de Portsmouth, um grupo de pesquisadores que já havia encontrado uma enzima comedora de plástico, a PETase, combinou-a com outra enzima para acelerar o processo de degradação do plástico. Essa nova superenzima degrada o plástico cerca de seis vezes mais rápido que a enzima anterior e em breve poderá ser amplamente usada para reciclagem.

    Contexto de enzimas comedoras de plástico

    A poluição plástica contaminou a maioria dos ambientes naturais do planeta; na verdade, estão crescendo os relatórios que indicam que pessoas em várias regiões do mundo estão respirando e consumindo partículas de microplástico. Felizmente, os pesquisadores desenvolveram uma superenzima que pode ajudar na reciclagem do plástico. 

    A versão mais recente dessa superenzima foi feita misturando duas enzimas diferentes; ambos foram encontrados em um inseto comedor de plástico descoberto pelo Japão em 2016. Os cientistas introduziram uma versão modificada da primeira enzima em 2018, que pode quebrar o plástico em poucos dias. A superenzima mais recente funciona seis vezes mais rápido, impulsionando futuras aplicações de reciclagem. Esta superenzima também pode operar em temperatura ambiente. 

    Impacto disruptivo

    O diretor e principal co-autor do Centro de Inovação Enzimática da Universidade de Portsmouth, John McGeehan, disse que esse desenvolvimento do uso de enzimas é um passo considerável para a reciclagem de plástico e redução da poluição plástica. Ele também mencionou que os cientistas receberam fundos suficientes para realizar novos experimentos, e os resultados bem-sucedidos podem significar que o Polietileno Tereftalato (PET) existente poderá um dia ser reciclado em vez de usar combustíveis fósseis para produzir novos produtos plásticos. 

    Além disso, os pesquisadores agora estão examinando como essas enzimas podem ser refinadas para fazê-las funcionar ainda mais rápido. A mistura dessas novas enzimas comedoras de plástico com as anteriores que degradam as fibras naturais pode permitir que os materiais mistos sejam totalmente reciclados – um processo extremamente difícil e caro a partir de 2021.

    Além disso, os pesquisadores também descobriram insetos que comem outros plásticos, como o poliuretano – um material amplamente utilizado, mas raramente reciclado.

    Aplicações para enzimas comedoras de plástico

    Enzimas que comem plástico podem ser usadas para:

    • Transforme de forma lucrativa os resíduos plásticos em matérias-primas para uso industrial econômico.
    • Degradar resíduos de plástico em projetos comerciais de grande escala.
    • Reduzir o tamanho dos depósitos de lixo mundiais (incluindo a grande mancha de lixo do Pacífico) e reabilitar os ambientes afetados por resíduos.
    • Reciclar roupas de tecidos mistos na indústria da moda, ajudando o setor a atingir as metas de resíduos circulares. 

    Perguntas para comentar

    • Essas enzimas que se alimentam de plástico poderiam ser a solução para os problemas mundiais de lixo plástico?
    • Como acontecerá com o lixo plástico ser manuseado no futuro?
    • Como os sistemas atuais de gerenciamento de resíduos podem mudar com a introdução dessas novas enzimas?
    • A reciclagem de plástico por meio de enzimas que comem plástico é uma solução econômica?

    Referências de insights

    Os seguintes links populares e institucionais foram referenciados para esta percepção: